Inhotim divulga programação 2025, incluindo ativação em fevereiro e inaugurações a partir de abril

A programação 2025 do Inhotim, maior museu a céu aberto da América Latina, inclui duas novas mostras, a reedição do festival de música Jardim Sonoro, o primeiro com curadoria própria do instituto, além de outras diversas atividades e atrações, entre as quais um dos destaques é o retorno da artista portuguesa Grada Kilomba para a ativação da obra “O Barco” (2021), um trabalho escultórico, performático e poético em exposição desde o ano passado na Galeria Galpão. O “Ato II”, como é chamada a intervenção, será realizada nos dias 8 e 9 de fevereiro, abrindo os trabalhos do novo calendário.

Em abril, celebrando os dez anos da inauguração da Galeria Claudia Andujar, uma das mais imponentes do museu, com projeto assinado pelo escritório Arquitetos Associados, o Inhotim apresenta uma mostra com obras de artistas indígenas, como Denilson Baniwa, Paulo Desana, Edgar Kanaykõ, UÝRA e Elvira Espejo. Com abertura no dia 26, a ação marca o momento da mudança de nome da galeria, que passa a se chamar “Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano”, que significa “casa de terra” na língua Yanomami. “A reformulação tem como objetivo marcar a abertura da galeria a outros artistas, povos e cosmologias”, explica o equipamento em material divulgado à imprensa.

Já no segundo semestre, no dia 17 de outubro, o instituto homenageia a obra de Pedro Moraleida (1977-1999) com uma grande exposição, montada na Galeria Oficina, dedicada à sua trajetória. A mostra sela a programação do projeto “Moraleida, 25 anos depois...”, que, iniciado no ano passado, lembra os 25 anos da morte do multiartista belo-horizontino, que morto precocemente, aos 22 anos, deixou um acervo que impressiona tanto pelo volume e diversidade de formas, técnicas e suportes utilizados, trafegando pela pintura, desenho, experimentações sonoras e poéticas, quanto por suas características, em forma e conteúdo, que alcançam temas contemporâneos com originalidade e consistência, além de desafiarem o público.

Também em outubro, na Galeria Lago, o artista guatemalteca Edgar Calel apresenta obras comissionadas, realizadas a partir de sua convivência com o território de Brumadinho, em sua primeira exposição individual no Brasil, enquanto a belo-horizontina Lais Myrrha realiza uma escultura monumental ao ar livre, também feita para o museu, que trata da mineração e do modernismo arquitetônico, dois marcos simbólicos da cultura mineira.

Além das inaugurações de abril e outubro, o Inhotim realiza, nos dias 12 e 13 de julho, a segunda edição do festival de música Jardim Sonoro. As atrações do evento serão anunciadas ainda no primeiro trimestre.

Outra atividade pública que tem seguimento neste ano é o programa “O que é… ?”, que propõem perguntas instigando o público a imaginar novos pontos de vista em torno de temas que articulam experiências de arte, natureza e educação. Para este ano, serão quatro edições que trazem as questões: “O que é a Justiça?”, “O que é o Desejo?”, “O que é a Imaginação?” e “O que é uma Semente?”. Os formatos propostos para a programação variam entre conferências, shows, performances, oficinas, visitas e espetáculos de dança.

Há ainda a segunda edição do Seminário Internacional Transmutar, que, realizado em dois dias, em setembro, será composto por expoentes do pensamento indígena das Américas.

Imagem: Rede Social