09/01/2023 às 15:19h
Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de "desocupação e dissolução total" em 24 horas dos grupos instalados nas "imediações dos Quartéis Generais", autoridades policiais começaram a dissipar acampamentos em diversos estados do país.
A determinação do STF aconteceu após os atos de vandalismo em Brasília
deste domingo, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Até o momento, 291 pessoas foram presas envolvidas no atentado antidemocrático, incluindo três adolescentes. A lista total de prisões está sendo revista a todo instante, tendo em vista os mais de 1.200 manifestantes golpistas detidos esta manhã e encaminhados para triagem policial.No Distrito Federal, agentes da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança chegaram por volta das 7h. Os bolsonaristas, que estavam com as barracas instaladas em frente ao QG do Exército, foram informados de que teriam uma hora para deixar o espaço. Após o aviso, parte do grupo começou a deixar o local pacificamente com mochilas, sacolas, barracas, cadeiras e travesseiros nas mãos, sem confronto com os policiais. Os militares também desmontaram barracas de integrantes que se recuaram a sair. Não há mais manifestantes no local.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, até a manhã desta segunda-feria o clima era de tranquilidade. Cerca de 40 pessoas se reuniram em barracas montadas na frente do prédio do Comando Militar do Leste (CML), na Praça Duque de Caxias, Central do Brasil, e aguardavam orientações. O espaço, todo cercado por caixotes de madeira, tinha uma cancela para acesso, onde "guardiões" identificavam quem chegava. Lá havia também um paraquedas inflado, indicando a presença de militares reformados no grupo.
Após negociações com oficiais do Exército, os manifestantes concordaram em deixar o local. A desmobilização começou por volta das 10h. Um fotógrafo da Folhapress foi agredido por parte do grupo e impedido de trabalhar, mas não houve confronto com os agentes de segurança.
São Paulo
O desmonte dos acampamentos bolsonaristas radicais em São Paulo nesta segunda-feira foi uma ação conjunta do governo paulista com a prefeitura de São Paulo. A gestão municipal forneceu equipes para a remoção de barracas e demais itens dos apoiadores radicais do ex-presidente, instalados em frente ao Comando Militar do Sudeste, ao lado da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Além da Guarda Municipal de São Paulo, a prefeitura colocou à disposição do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) caminhões e equipes de limpeza para atuarem no local.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o estado de São Paulo conta com 34 acampamentos de bolsonaristas radicais espalhados . Em afirmou, em coletiva de imprensa, que a desmobilização ocorrerá a partir do "diálogo", na esperança de que "tudo se resolva sem uso escalonado da força".
Alagoas
Em Maceió, capital do estado de Alagoas, o grupo que ocupava o canteiro da Avenida Fernandes Lima, deixou o local por volta das 10h30 desta segunda-feira. Para facilitar a retirada de tendas, barracas e retirar alimentos e outros pertences, a Polícia Militar bloqueou uma das faixas da avenida. A ordem de desmobilização partiu do governador Paulo Dantas (MDB), após decisão do STF.
Bahia
No estado, ainda há registro de acampamentos nas cidade de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Alagoinhas. Segundo o governador, Jerônimo Rodrigues, ainda hoje serão tomadas medidas para desmobilizar a concentração de apoiadores. O trabalho de dispersão com os manifestantes será feito em parceria com o Exército e, em Feira do Santana, com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela área ocupada pelo grupo.
Pará
Cinco pessoas foram detidas após resistirem à operação paradesmobilizar o acampamento bolsonarista instalado em frente ao 2º Batalhão de Infantaria e Selva, em Belém, capital do estado. O grupo de manifestantes ocupava uma das faixas da avenida Almirante Barroso, principal via de entrada da capital.
Paraíba
O grupo que estava instalado na frente do 1º Grupamento de Engenharia, sede do Exército em João Pessoa, deixou o local na manhã desta segunda-feira. Não há mais manifestantes no local, que seguirá com policiais militares para impedir o retorno dos manifestantes.
Tocantins
A Polícia Militar do estado não comunicou se irá realizar uma operação para retirar o grupo, que se concentra Polícia Militar do Tocantins afirmou que o acampamento de bolsonaristas que está mobilizado em Palmas, em frente ao 22º Batalhão de Infantaria do Exército. A corporação infirmou apenas que o ato "é pacífico e está em área de jurisdição do Exército".
Santa Catarina
A polícia militar já inciou a ação de retirada dos bolsonaristas que estavam acampados em Joinville, em frente ao 62º Batalhão de Infantaria. Não há informações de confrontos ou resistência. Já em Florianópolis, capital do estado, ainda não há sinal de intervenção policial para a desmobilização do grupo e o apoiadores do ex-presidente seguem em frente ao 62º Batalhão de Infantaria.
Paraná
Mesmo após a determinação do STF, manifestantes permanecem em três pontos diferentes de Curitiba, capital do estado. Há apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro emfrente às unidades militares dos bairros bairros Boqueirão, Pinheirinho e Bacacheri. Segundo a Polícia Militar, a saída dos bolsonaristas está em negociação.
Minas Gerais
O acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foi desmontado na última sexta-feira. A retirada aconteceu após um fotógrafo do jornal "Hoje em Dia", de Belo Horizonte, ser agredido no local. Durante a agressão, ele tentou se proteger atrás de um carro, mas foi arrastado pelo chão e agredido com socos e pauladas. Sua câmera também foi roubada.
Na hora da retirada, cerca de 100 manifestantes estavam no acampamento. Alguns deles choraram e rezaram durante a ação dos agentes de segurança. Houva ainda uma tentativa de resistência, mas foi coibida pela Guarda Municipal.
Fonte: G1
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