31/01/2023 às 08:37h
Um casal de Belo Horizonte resolveu incluir uma cláusula inusitada no contrato pré-nupcial: em caso de traição, será cobrada multa de R$ 180 mil. Esse tipo de contrato é comum antes do casamento e, nele, os noivos estabelecem as regras para a união, como divisão de bens em um possível término do relacionamento.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os noivos que anteciparam a possível traição argumentaram na Justiça que "o lado inocente deverá receber a indenização pelo possível constrangimento e vergonha que pode passar aos olhos da sociedade".
A juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, que autorizou a inclusão da cláusula de multa no contrato, disse que esse "é um direito dos noivos, por mais estranho que pareça".
"Embora para muitos soe estranha essa cláusula no contrato – porque já se inicia uma relação pontuada na desconfiança mútua –, essa decisão é fruto da liberdade que eles têm de regular como vai se dar a relação deles, uma vez que o dever de fidelidade já está previsto no Código Civil Brasileiro", informou a magistrada.
Ainda segundo a juíza, os casais têm autonomia para decidir o conteúdo do pacto pré-nupcial, desde que não violem os princípios da dignidade humana, da igualdade entre os cônjuges e da solidariedade familiar.
"O Poder Público tem que intervir o mínimo possível na esfera privada, de modo que o pacto antenupcial serve para o casal escolher o que melhor se adequa para a vida que escolheram levar a dois", sugeriu.
Fonte: Hoje em Dia26/08/2023 - Câmara aprova MP que aumenta salário mínimo e amplia isenção do IR
25/08/2023 - Violência: 135 crianças e adolescentes são vítimas de maus-tratos por mês em MG
25/08/2023 - 34,3ºC: BH registra recorde de calor para agosto em 60 anos
23/08/2023 - A corrida para revelar os mistérios do lado escuro da Lua
23/08/2023 - Receita abre amanhã consulta ao 4º lote de restituição do IR
22/08/2023 - Receita Federal arrecada R$ 201,8 bilhões em julho, apesar de queda
22/08/2023 - Zema envia à ALMG proposta que tenta agilizar privatização de Cemig e Copasa