28/04/2025 às 09:07h
O Colégio Cardinalício decidiu iniciar o conclave no dia 7 de maio, quarta-feira que vem. A data teria sido decidida após debates no âmbito da quinta congregação geral, a série de reuniões que cardeais fazem desde a semana passada, quando o papa Francisco morreu.
Apesar de ainda faltar alguns dias para o início dessa assembleia para eleger o novo papa, a Capela Sistina, onde os conclaves são realizados, foi fechada para turistas nesta segunda para permitir os preparativos para a votação.
Os dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, duraram apenas dois dias. Mas o cardeal sueco Anders Arborelius disse nesta segunda que espera um conclave mais longo desta vez, já que muitos dos cardeais nomeados por Francisco nunca se encontraram antes.Durante as congregações, os novatos não estarão apenas conhecendo seus pares, como também trazendo questões de suas arquidioceses, provavelmente estranhas a ouvidos das regiões mais tradicionais da Igreja.
Há muitas especulações sobre o perfil do próximo papa. O funeral de Francisco e a procissão por Roma até seu local de sepultamento, na Basílica de Santa Maria Maior, atraíram multidões estimadas em mais de 400 mil pessoas, o que foi visto como uma aprovação ao seu papado.
O cardeal alemão Walter Kasper, por exemplo, disse ao jornal La Repubblica que a grande quantidade de pessoas em luto por Francisco indicava que os católicos queriam que o próximo papa continuasse com seu estilo reformador. "O Povo de Deus votou com os pés", disse Kasper, que tem 92 anos e não participará do conclave. "Estou convencido de que devemos seguir em frente nos passos de Francisco".
Primeiro papa da América Latina, Francisco permitiu o debate sobre questões como a ordenação de mulheres como clérigos e a aproximação com católicos LGBTQIAPN+. Essas questões, no entanto, são sensíveis, e um bloco de cardeais conservadores certamente buscará um papa que restrinja a visão de uma Igreja mais inclusiva.
Fridolin Ambongo, 65, arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, por exemplo, habita a lista de favoritos por ser uma aposta conservadora, perfil que prevalece na liderança católica do continente que mais tem seminaristas no planeta. Ele se opôs à decisão de Francisco de permitir a bênção a casais homossexuais em 2023.
Algo parecido ocorre com o prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Robert Sarah, 79, da Guiné, com mais atritos no currículo.
Com informações de O TEMPO
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