15/10/2024 às 10:21h
Pelo menos 22 pacientes estão sendo monitorados no Hospital João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, sob suspeita de infecção pelo superfungo Candida Auris, conforme informaram a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) nesta terça-feira (15). Na capital, dois novos casos de contaminação pelo superfungo foram confirmados pela prefeitura da capital.
Em nota, a SES-MG detalhou que os mais de 20 pacientes internados no principal hospital do Estado estão assintomáticos e aguardam resultado de exames.
A pasta enfatizou que o fungo tem alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele, destacando ainda que a prevenção de contato com os pacientes suspeitos é fundamental.
De acordo com a Fhemig, todas as medidas de controle e manejo necessárias para proteção dos demais pacientes e profissionais da unidade foram tomadas, como a higienização das mãos, medidas de precaução de contato (uso de luvas e avental) dos casos suspeitos e testes para detecção de novos casos.
A capital, no momento, soma três infecções confirmadas pelo fungo. O primeiro registro foi em setembro, em um paciente que também ficou internado no João XXIII. O homem teve alta no dia 20.
O primeiro caso confirmado do superfungo em Minas foi em 2021. Desde então, foram notificados 129 casos no Estado, sendo três confirmados.
Outros casos do superfungo já foram confirmados no país. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a levedura – tipo de fungo que possui apenas uma célula – causa grande preocupação às autoridades sanitárias por ser resistente à maioria dos fungicidas existentes.
Os organismos do reino Candida são velhos conhecidos da população. Eles causam infecções orais e vaginais bastante comuns nos seres humanos, as candidíases, que são combatidas com fungicidas vendidos em qualquer farmácia.
No caso da candida auris, porém, as infecções têm se mostrado extremamente difíceis de curar. A espécie produz o que os cientistas chamam de biofilme, camada protetora que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandina, três dos principais compostos antifúngicos.
A espécie é capaz também de infectar o sangue, levando a casos agressivos e muitas vezes letais. O patógeno também é difícil de identificar, podendo ser confundido, em laboratórios, com outras espécies de Candida.
Com informações Hoje em DiaFoto: Espacial FM
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