O governo federal acompanha a situação dos brasileiros na Síria depois que o ditador Bashar al Assad perdeu o poder.
O Ministério das Relações Exteriores pediu respeito ao direito internacional humanitário. A solicitação ocorreu por meio de nota que também ressalta não haver registro de morte de brasileiros.
A orientação do Itamaraty é que os brasileiros que estão na Síria deixem o país. O trabalho de monitoramento da situação é liderado pela Embaixada do país em Damasco. Um telefone foi disponibilizado às pessoas que necessitam de informações: +963 933 213 438.
Bashar al Assad fugiu depois de perder o poder. A Rússia, um dos principais aliados do ditador, confirmou a fuga. O ex-líder sírio embarcou em um avião no momento que os rebeldes entravam na cidade. O destino dele não foi revelado.
A Síria vivia uma guerra civil desde a primavera árabe. Bashar al Assad manteve o controle do país porque contava com apoio da Rússia e Irã. Ocorre que os dois aliados perderam a capacidade de ajudar, o que deixou o regime frágil.
Rebeldes se aliaram e derrubaram o regime. A principal liderança que tirou al Assad do poder é Abu Mohammed al-Jolani, chefe do grupo islamista HTS (Organização para a Libertação do Levante).
A organização tem origem na Al Qaeda. Ela é considerado terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e pela Turquia. Seus integrantes lutam contra Al Assad desde o começo da guerra civil, em 2011.
O novo governo da Síria prometeu democracia. A afirmação consta de um comunicado que também fala em estado livre e foi assinado pelo Conselho Nacional de Transição da Síria.
Existe preocupação de a guerra interna continuar. Vários grupos com diferentes ideologias e objetivos se juntaram para derrubar al Assad e divergências nos rumos do país podem levar ao fim da aliança e a novos combates.
Por enquanto, as declarações oficiais falam em pacificação do país. Mas o novo governo ressaltou que pessoas envolvidas com a ditadura de al Assad serão punidas.
Os rebeldes que assumiram o poder fizeram uma série de promessas. Os principais pontos são estes:
Preservar a unidade e a soberania do território sírio.
Proteger todos os cidadãos e suas propriedades, independentemente de suas afiliações.
Trabalhar para reconstruir o Estado e suas instituições com base na liberdade e na justiça.
Esforçar-se para alcançar uma reconciliação nacional abrangente e retornar os refugiados e pessoas deslocadas para suas casas com segurança e dignidade.
Responsabilizar todos aqueles que cometeram crimes contra o povo sírio, de acordo com a lei e a justiça.
Com informações O TEMPOFoto: Espacial FM
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