06/06/2023 às 09:44h
A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal do Brasil, deflagrou a Operação Ponto Final, em combate a uma organização criminosa dedicada a praticar fraudes contra a Previdência Social, a ordem tributária nacional e ao processo de execução, na manhã desta terça-feira (6).
Os crimes, segundo a PF, seriam praticados através de operações empresariais do grupo Saritur, "com a finalidade de ilidir o pagamento de impostos e contribuições previdenciárias". Na ação de hoje, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão na região metropolitana de Belo Horizonte e um no município de Montes Claros, no Norte de Minas.
De acordo com as investigações, o sócios do grupo econômico investigado constituíram e vem constituindo empresas com a finalidade de explorar prestação de serviços público de transporte coletivo na região metropolitana de Belo Horizonte. Conforme a PF, essas empresas não estariam recolhendo os tributos devidos, o que configura a prática de crimes contra a ordem tributária e contra a Previdência Social."Mesmo com certidão de dívida ativa junto a União, elas vêm contratando com a administração pública mediante a interposição de consórcio, o que possibilita burlar a legislação pátria que exige certidão negativa de execução patrimonial para participar de certames licitatórios", disse a PF em nota.
R$ 735 milhões de prejuízo
A PF informou que, em razão da sonegação fiscal praticada pelas empresas que compõe o grupo econômico investigado já superar a quantia de R$ 735 milhões, a Procuradoria da Fazenda Nacional vem propondo ações de execução em desfavor dessas empresas.
"Apesar da grande arrecadação do grupo econômico, não há êxito no recebimento dos impostos gerados pela atividade de serviço público, em razão da celebração, pelos investigados, com instituição financeira, de um contrato de cessão fiduciária de direitos creditórios, desviando-se, assim, a receita advinda da bilhetagem eletrônica da prestação do serviço publico de transporte coletivo, o que impede sua distribuição nas contas bancárias das concessionárias e inviabiliza medidas judiciais de bloqueio de dinheiro em contas", expicou a corporação.
Os investigadores concluíram que os sócios das empresas investigadas são integrantes da mesma família, alternando-se nos quadros societários das empresas, e poderão responder pelos crimes de sonegação fiscal, de sonegação de contribuição previdenciária e de promover organização criminosa, cujas penas máximas somadas chegam a 18 anos de prisão.
Operação Ponto Final
O nome da Ponto Final faz uma alusão à última parada de veículo de transporte coletivo e, com a deflagração da operação, para que seja o fim da atividade criminosa de sonegação fiscal e fraude em processo de execução das empresas.
A reportagem entrou em contato com a Saritur e aguarda retorno.
Fonte: Hoje em Dia
06/01/2023 - Quatro casas são atingidas em séries de explosões em Juiz de Fora
05/01/2023 - Carteira de identidade fica mais cara em Minas e valor passa de R$ 100
04/01/2023 - IPVA 2023: fim do congelamento em Minas pesa no bolso
04/01/2023 - Com chuvas do fim de ano, Minas passa a ter 120 cidades em situação de emergência
03/01/2023 - CNH vencida volta a ter prazo de 30 dias para renovação
03/01/2023 - Tigre ataca domador de tradicional família circense na Itália