22/11/2024 às 08:27h
Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes de seu governo foram indiciados nesta quinta-feira (21) pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder mesmo após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Eles foram indiciados por abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Além de Bolsonaro, a lista com os 37 nomes conta o general da reserva do Exército Braga Netto, o general da reserva Augusto Heleno, o policial federal Alexandre Ramagem e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente.
Conforme a PF, o inquérito apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Lula, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
A corporação encaminhou o relatório final da investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a TV Globo, o documento tem mais de 800 páginas.
Ainda segundo a PF, as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário.
As investigações apontaram que os envolvidos se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de ao menos seis núcleos: o de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; o Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; o Jurídico; o Operacional de Apoio às Ações Golpistas; o de Inteligência Paralela e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.
“Com a entrega do relatório, a Polícia Federal encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, informou a PF.
Com informações Hoje em DiaFoto: Rede Social
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