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22/02/2023 às 08:56h

Saída para evitar aposentadoria tardia, previdência privada bate recorde de contribuições em 2022

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O setor de previdência privada alcançou um recorde em 2022. Foram R$ 156,2 bilhões em prêmios e contribuições no último ano, uma alta de 11,2% em relação a 2021. Desde 2019, quando o governo mudou as regras de aposentadoria dos brasileiros para tentar melhorar as contas públicas, o setor de aposentadorias privadas teve um aumento de 9% na arrecadação.

Para diminuir gastos com aposentadorias e pensões, o governo federal dificultou o acesso dos brasileiros a uma aposentadoria com 100% do valor devido. Hoje, para uma mulher se aposentar e receber o salário completo, ela precisa contribuir durante 35 anos; no caso dos homens, são necessários 40 anos de contribuições para receber aposentadoria integral.

Para muitos brasileiros, é tempo demais para ficar esperando. Por isso, os planos de previdência privada são uma alternativa para tentar uma renda maior na velhice, sem depender da previdência social.

Garantia
Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), que representa o setor, cerca de 10,8 milhões de pessoas possuíam algum plano de previdência até o final de 2022. Isso equivale a 8% dos brasileiros com idades entre 20 e 65 anos.
 
Números que indicam que, apesar das adversidades enfrentadas ao longo de 2022, quase 11 milhões de pessoas estão preocupadas em proteger a renda. O empresário Dharles Soares é exemplo de planejamento. “É preciso planejar e não é possível contar apenas com a previdência social. É uma forma de investir e garantir um melhor retorno”, acredita.

O total de ativos do setor, que representa a poupança previdenciária da sociedade, é de R$ 1,2 trilhão, ou cerca de 12,5% do PIB nacional. São 13,8 milhões de planos comercializados no total, dos quais somente 65 mil (0,5%) estão em fase de recebimento de benefício, demonstrando como ainda é promissor este mercado, segundo a Fenaprevi.

O perfil do investidor de previdência privada no Brasil é composto principalmente por homens, 63%, com idades entre 35 e 54 anos. A faixa etária que mais tempo terá que trabalhar para se aposentar, pessoas até 34 anos, ainda é minoria, representando apenas 24% dos investidores.

Tipos de previdência
Existem dois tipos de planos de aposentadoria complementar: o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre). Neste,   o investidor pode abater no Imposto de Renda as parcelas depositadas no plano.
 
De acordo com o BrasilPrev, do Banco do Brasil, essa opção só é possível para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e a sugestão é investir o valor que iria para o fisco, gerando rendimentos.

No caso do VGBL, o Imposto de Renda também é cobrado somente ao fim do período de aplicação e incide apenas sobre os rendimentos. Este modelo é mais recomendado para quem faz a declaração simplificada do IR — pessoas que têm poucas deduções a fazer —, ou é isento — porque ainda não tem renda mínima para a cobrança.

Ao analisar os 13,8 milhões de planos comercializados por produto, os dados mostram que 61% eram VGBL e 21%, PGBL. Os outros 18% eram tradicionais de risco, acumulação ou Fapi.

Quanto à captação bruta, 90% são em planos VGBL; 8% em PGBL e 2% nos planos tradicionais. Em termos monetários, foram mais de R$ 140,3 bilhões em prêmios no VGBL, R$ 12,7 bilhões em contribuições no PGBL e de R$ 3,2 bilhões nos planos tradicionais.

Fonte: Hoje em Dia

Foto: Rádio Espacial FM

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