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21/03/2025 às 08:37h
Por hora, o Disque-Denúncia Unificado (DDU) de Minas Gerais recebeu, em média, nove denúncias em 2024. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que foram registradas 79.164 denúncias anônimas em todo o Estado, o equivalente a uma denúncia a cada seis minutos, 220 por dia e 6.500 por mês. O crime de tráfico de drogas foi o mais relatado pelos cidadãos, seguido de maus-tratos a animais, crianças e adolescentes. Com relação aos três crimes citados foram registrados 71.279 boletins de ocorrência — tráfico de drogas (23.810), maus-tratos a animais (4.523) e maus-tratos a crianças e adolescentes (42.946). Especialistas destacam que o canal é de suma importância, pois, além de permitir que as forças de segurança tenham ciência dos fatos, os dados podem ser utilizados no combate ao crime organizado.
Para o especialista em segurança pública Luiz Flávio Sapori, “não é surpresa” que o tráfico de drogas seja o crime mais denunciado no Disque-Denúncia, com 32.600 denúncias no ano de 2024, uma média de quatro por hora. “Revela como esse tipo de criminalidade está entranhado no dia a dia da cidade, do Estado. As pessoas testemunham isso diariamente”, explica. Ele ressalta que esse é um crime que gera “medo”, especialmente nas periferias urbanas.
"A maneira como o tráfico de drogas se comporta ameaça a segurança das pessoas e causa medo. É um atrativo para jovens de certas regiões. É compreensível essa atenção especial a esse crime e, consequentemente, o maior número de denúncias", complementa o estudioso.
Os crimes de violência contra os animais são os segundos mais denunciados pela população em Minas Gerais por meio do 181. Em 2024, foram 12.440 denúncias, média de uma a cada hora. Houve um crescimento de 27% em relação a 2023, quando foram 9.770. Parlamentar que defende os direitos dos animais há mais de uma década, Fred Costa (PRD) destaca que os números não retratam necessariamente um crescimento dos maus-tratos, mas, sim, o aumento da “consciência e do zelo da população com a proteção e a defesa dos animais”.
“É um crime contra a vida. E quem o pratica tem a pretensão maior de praticar violência também contra pessoas”, destaca. O deputado federal é autor da Lei 14.064/2020, conhecida como Lei Sansão, que aumentou a pena para crimes de maus-tratos contra cães e gatos no Brasil. Antes, a punição era de três meses a um ano de detenção, mas, com a nova legislação, passou a ser de dois a cinco anos de reclusão, além de multa e proibição da guarda do animal. A lei recebeu esse nome em homenagem ao cão Sansão, um pitbull que teve as patas traseiras decepadas em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Da mesma forma que é catastrófico o fato de as denúncias contra maus-tratos a animais representarem o segundo maior índice de denúncia, também mostra que há uma parte significativa da sociedade querendo acabar com esse crime. Os animais não têm voz. Eles não conseguem se defender nem se manifestar. É importante o apoio das pessoas, que sempre busquem fazer imagens e reunir outros elementos para comprovar os crimes”, destaca.
Crimes contra crianças e adolescentes ocupam a terceira posição, com 3.044 denúncias, média diária de oito notificações. Quem atua diretamente na defesa dessa parcela da população, como é o caso dos conselheiros tutelares, relata que, cada vez mais, os menores estão expostos a situações de violência.
Com informações O TEMPOFoto: Espacial FM
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