19/09/2024 às 10:05h
A estiagem de mais de 150 dias e as queimadas têm prejudicado a produção de alimentos em Minas, e o consumidor vai sentir no bolso o peso dessa dupla tragédia. A falta de chuva e a destruição provocada pelo fogo vão impactar nos preços do atacado e depois nas redes de varejo, fazendo o cliente final pagar mais caro por hortaliças, legumes e frutas. O aumento pode chegar a 10%.
A tendência é que o reajuste no valor dos produtos seja notado ainda neste mês e também em outubro, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros das Ceasas do Estado de Minas Gerais (APHCEMG), Luciano José Lopes.
Dentre os alimentos mais impactados, Lopes cita tomate, abóbora moranga, milho e soja. Segundo ele, a falta de água é o que mais prejudica a lavoura atualmente, diminuindo a oferta dos produtos.
De acordo com Luciano Lopes, está faltando água para irrigar as plantações. “Nem todo mundo consegue ter um poço artesiano na fazenda. Neste ano a seca foi muito pesada e também teve dificuldade de mão de obra. Isso tudo pesa”.
Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) declarou situação crítica de escassez hídrica superficial em porções hidrográficas em Minas. A medida se deve à estiagem e impacta 320 outorgas de direito de uso da água, com restrições na captação em rios que cortam 17 municípios.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) foi procurada para falar sobre o assunto, mas informou que a porta-voz só estaria disponível nesta quinta-feira (19). A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informou que que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG)
As variações súbitas de clima, com sequência de períodos de calor e frio intensos e o impacto da seca, que favorece a ocorrência de queimadas, também devem pressionar os preços em São Paulo, conforme o economista Thiago de Oliveira, da Companhia de Entrepostos e Armazéns (Ceagesp).
Lá, de acordo com Oliveira, a pressão afeta mais os cítricos, como laranjas e limões. "Se não houver uma melhora considerável na umidade, haverá um aumento de custo considerável. Estamos falando do meio de outubro", afirma o economista.
As hortaliças, tanto folhas como legumes, podem ter impacto em dezembro.
Os preços de frutas e verduras têm histórico de queda recente, tanto de acordo com a Ceagesp quanto o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que registrou recuo nos últimos dois meses nos custos de produtos da cesta básica.
Com informações Hoje em DiaFoto: Espacial FM
05/07/2024 - Após 3 meses de alta, endividamento das famílias fica estável em junho
28/06/2024 - Exportações do agro mineiro atingem US$ 6,6 bilhões de janeiro a maio
14/05/2024 - Brasil registra mais de 244 mil empregos formais em março
22/04/2024 - INSS começa a pagar primeira parcela do 13º na quarta-feira; veja calendário
18/04/2024 - Produção de cana-de-açúcar atinge recorde de 713,2 milhões de toneladas em 2023
15/04/2024 - Almoço fora de casa sobe mais que o dobro da inflação em BH
10/04/2024 - Confiança da indústria cai em abril, diz pesquisa da CNI
05/04/2024 - Ecad paga R$ 1,3 bilhão em direitos autorais em 2023, o maior valor de todos os tempos
04/04/2024 - Registrato: sistema do Banco Central passa a oferecer mais detalhes sobre chaves PIX
01/04/2024 - 5 mil servidores de Minas têm só mais essa semana para garantir salário