13/01/2023 às 07:50h
O Atlético estuda os últimos detalhes para tirar o projeto da SAF do papel nos próximos meses. O empresário estadunidense Peter Grieve, presidente da The Football Co., surge como o possível investidor da proposta que deve ser levada à votação no Conselho Deliberativo do clube até março. Mas quem é ele, afinal?
Vida e formação
Ainda criança, Peter Grieve conheceu o futebol na Academia Naval dos Estados Unidos, escola preparatória em Annapolis, capital do estado de Maryland. Graduou-se em 1977 e, em seguida, passou sete anos na Marinha.
Decidiu, então, estudar administração e negócios na Tuck School of Business, em Hanover, no estado de Nova Hampshire. Logo no primeiro ano, tornou-se capitão do time de futebol. Diz jogar até hoje, como meio-campista.
Na época da faculdade, decidiu enviar uma correspondência para desafiar o time de Harvard. Por ironia do destino, foi derrotado por 7 a 1 – placar significativo para o país onde tenta investir décadas depois. "No ano seguinte, fomos lá e vencemos por 3 a 2", contou ao site da instituição em que se formou.
Carreira de Grieve
Pouco depois de sair da faculdade, iniciou a carreira no Goldman Sachs, renomada instituição financeira multinacional sediada em Nova Iorque. Foram 25 anos na empresa até que, em 2009, deixou o cargo de diretor para ajudar a fundar a Cordia Bancorp Inc., grupo para adquirir e recuperar bancos falidos.
No mesmo período, Grieve começou a diversificar os investimentos e as áreas de interesse. Aventurou-se pela indústria de tecnologia e, é claro, pelo futebol. Em 2008, passou a integrar o quadro de diretores do Grassroot Soccer, organização que busca conscientizar jovens africanos sobre o HIV.
Em 2009, investiu no processo de fundação o Bantu Rovers, clube profissional de Zimbábue do qual é coproprietário até hoje. O time chegou à Primeira Divisão, mas não passou do nono lugar. Foi rebaixado em 2017 e ainda não voltou à elite local.
A grande revelação do Bantur Rovers é o meia Marvelous Nakamba, de 28 anos, que jogou na França, na Holanda e na Bélgica até chegar à Inglaterra, onde defende o Aston Villa.
Entre 2017 e 2019, Grieve também integrou o grupo de donos do Europa Point, time de Gibraltar. Mais uma vez, não teve grande destaque. A equipe jogou uma edição da Primeira Divisão no período e ficou em 10º, com somente 12 clubes em disputa.
Em 2016, tentou dar o passo mais ousado da carreira e esteve muito perto de adquirir o Hull City, time que à época subiu para a Premier League. Segundo a imprensa inglesa, o acordo com a família Allam, que detinha o clube à época, estava apalavrado.
Porém, uma série de desavenças fez o negócio ser desfeito. CEO do Hull City na época, Nick Thompson contou ao The Athletic que os então donos do clube subiram o preço seguidas vezes, de forma repentina. Grieve teria aceitado os novos valores e marcado um encontro num hotel em Londres para assinar o contrato, mas Ehab Allam não apareceu. O Hull City negou que isso tenha ocorrido.
Grupo bilionário
Depois das três experiências no futebol, Peter Grieve decidiu dobrar a aposta. Fundou a The Football Co. e foi em diferentes continentes buscar investidores com interesse em adquirir equipes pelo mundo num formato chamado de "MCO" (Multi-club ownership), em que um grupo detém vários clubes.
Fonte: Super Esportes
Foto: Rádio Espacial FM / Montagem
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