A população de Belo Horizonte decidiu, em referendo popular nas eleições municipais deste domingo (6 de outubro), não alterar a bandeira da capital.
Conforme a apuração divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 20h, mais de 1 milhão de belo-horizontinos votaram contra a alteração e cerca de 201,9 mil opinaram a favor da mudança. Houve 1.404.285 votos no total, dos quais 2,23% foram nulos e 6,05% em branco.
A mudança na bandeira atual, representada pelo brasão da cidade impresso em um fundo branco, havia sido aprovada pela Câmara Municipal e promulgada pela Casa em agosto do ano passado, mas dependia ainda do resultado do referendo popular para ser validada.
A lei que implementava a nova bandeira de Belo Horizonte foi promulgada pela Câmara Municipal de Belo Horizonte em agosto do ano passado pelo vereador e presidente da Casa, Gabriel Azevedo (MDB).
A ideia do novo design seria representar o nascer do sol por trás da Serra do Curral, imagem que já estava presente no brasão oficial de Belo Horizonte, que foi a alternativa à bandeira colocada no pleito deste ano.
A Lei que altera a bandeira poderia ter sido sancionada pelo prefeito Fuad Noman (PSD), mas o prazo passou e coube ao presidente da Câmara promulgar a norma. Apesar de ter sido aprovada pela Câmara, a mudança no símbolo da cidade dependia ainda do referendo popular realizado neste domingo para ser efetivada ou não.
A nova bandeira de Belo Horizonte seria composta por um retângulo cortado na diagonal e a parte de baixo representaria a Serra do Curral na cor verde. A diagonal superior seria azul, representando o céu. No centro da bandeira haveria a imagem de um sol igual ao usado no brasão do município com apenas oito pontas aparecendo.
A bandeira atual é formada apenas pelo brasão da cidade estampado sobre um retângulo branco. Dentro do brasão é possível ver as montanhas da capital com o sol surgindo atrás delas. No brasão há também a inscrição com o nome da cidade e a data de construção da capital mineira. O desenho da nova bandeira derrotada nas urnas foi criado pelo designer gráfico Gabriel Figueiredo.
O projeto de lei que iniciou a tramitação que levaria à mudança na bandeira foi proposto pelos vereadores Cleiton Xavier (MDB) e Jorge Santos (Republicanos). À época de sua aprovação, Xavier declarou que a criação de uma bandeira específica, diferente do brasão da cidade, funcionaria para reforçar melhor a identidade do município.
“O propósito de um brasão e o propósito de uma bandeira são coisas distintas. O projeto traz oficialmente a possibilidade de Belo Horizonte ter de fato uma bandeira que identifica um povo, que identifica uma nação, que identifica uma sociedade que tem traços simples diferente de um brasão”, disse no dia da promulgação.
A primeira proposta de um símbolo para Belo Horizonte foi criada ainda durante a construção da capital e já trazia o sol por trás da Serra como inspiração para representar a capital.
O desenho é atribuído ao arquiteto José de Magalhães, feito em 1895, e está disponível no acervo do museu Abílio Barreto. A versão da bandeira de Belo Horizonte, que é utilizada até hoje, foi instituída em 1995, por autoria do então vereador João Leite (PSDB) e promulgada pelo prefeito da época Patrus Ananias (PT).
Com informações Hoje em DiaFoto: @bandeira.bh
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