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04/12/2024 às 09:46h

Mudanças climáticas agravam cenário da dengue em MG, que pode ter ‘resquícios’ de epidemia

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Inverno com temperaturas de verão e chuvas torrenciais, com grandes volumes de água em curtos períodos. Os efeitos das mudanças climáticas favorecem a procriação do mosquito transmissor da dengue e impactam na situação da doença em Minas Gerais. O Estado viveu, no início deste ano, a pior epidemia da sua história e pode enfrentar um novo período crítico nos próximos meses. A circulação de um sorotipo diferente também preocupa, por aumentar o risco de casos graves.

Conforme dados do último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em 18 de novembro, o Estado registrou, em 2024, 1.091 mortes causadas pela dengue. Os casos confirmados somam 1.340.980. Embora tenha havido uma queda desde maio, as autoridades alertam para a possibilidade de aumento exponencial nos próximos meses. Por causa da preocupação com relação à doença, no fim da última semana o Ministério da Saúde, conforme previsto em lei, promoveu o Dia de Conscientização de Combate à dengue.

O infectologista Leandro Curi explica que a dengue é sazonal, com pico de incidência no verão, cujas características são calor e tempo úmido. Além disso, as infecções têm um perfil cíclico, com picos ocorrendo a cada três ou cinco anos. No entanto, ele ressalta que, para o período entre o fim deste ano e o início de 2025, “pode haver resquícios da última epidemia”, com número elevado de casos. 

“Como tivemos um início de ano muito complicado, estamos trabalhando como se esse cenário [de epidemia] possa acontecer”, esclarece o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdoscimi. “Esperamos que não seja um cenário ruim, mas precisamos estar preparados”, admite.

O gestor acrescenta que as mudanças climáticas agravam o cenário das arboviroses. “Estamos vivenciando recordes de temperatura. Tivemos temperaturas altíssimas no inverno. Todo esse cenário é propício para a mudança do perfil epidemiológico da dengue. A epidemia deste ano foi sem precedentes", analisa.

Com informações O TEMPO 

foto: Espacial FM 

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