03/06/2023 às 08:00h
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na noite da última quinta-feira (1º) a detecção do vírus da influenza aviária de baixa patogenicidade (H9N2) em um pato de vida livre, da espécie Cairina moschata, da lagoa do Parque do Bariri, em Pará de Minas.
Segundo apurado pelo JC Notícias, recentemente a equipe de Meio Ambiente da prefeitura recebeu denúncias de moradores da cidade sobre o aparecimento de 8 patos mortos no Parque do Bariri. As causas estão sendo investigadas e ainda não se sabe se há ligação com a gripe aviária.
A detecção da doença no pato foi decorrente das ações previstas da Secretaria de Defesa Agropecuária, e demonstra a atuação intensa do sistema de vigilância em saúde animal. O Mapa reforça que a influenza aviária de baixa patogenicidade não é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros.
Certo é que, a detecção do novo subtipo do vírus em Pará de Minas, não tem relação com os focos confirmados de alta patogenicidade (H5N1) em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, não requerendo a aplicação de medidas emergenciais e não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP.
Porém, o alerta com relação a gripe aviária de alta patogenicidade continua a valer e deve ser observado em todo o país, como confirma a coordenadora técnica de pequenos animais da Emater Minas, Márcia Portugal, a qual dá orientações sobre prevenção e os cuidados contra a perigosa doença animal:
Clique e ouça Márcia Portugal
O H9N2 é um subtipo do vírus Influenza que atinge, predominantemente, as aves. O fato chama atenção, pois a avicultura é uma das atividades que movimenta a economia em Pará de Minas.
Os diversos subtipos do vírus da Influenza A podem infectar esporadicamente outras espécies, como mamíferos, incluindo humanos. O contato direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela população em geral.
Todas as suspeitas de infecções em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio.
Por Sérgio Pêgo
Fotos: Espacial FM
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