O Ribeirão Paciência nasce na Mata dos Pimentas, em Pará de Minas e percorre vários quilômetros até desembocar no Rio Pará, na altura de Brumado, em Pitangui. Mesmo percorrendo uma longa distância, as mudanças no percurso são notórias em alguns pontos.
O processo de expansão de Pará de Minas reduziu o ribeirão, que já teve 50 metros de largura, e atualmente, conta com 9 metros. Assim, os poluentes químicos presentes nos despejos industriais, agrotóxicos e metais, provocam um efeito tóxico em animais e plantas aquáticas.
Quando o rio encontra com a parte urbana de seu percursor, muda de formato e cor. As ações humanas explicam esse fato. O despejo de lixos e resíduos industriais muda a coloração da água e mata espécies aquáticas na região, além de prejudicar a saúde humana. Biólogo e especialista em Ecologia de Ecossistemas Aquáticos, Pedro Amaral destaca como essas ações são danosas aos ambientes:
Clique e ouça Pedro Amaral
A proximidade do período de estiagem provoca o baixo volume de água no Ribeirão Paciência, que junto dos efluentes industriais, causam poluição. Com isso, em alguns pontos da cidade é possível avistar uma coloração misteriosa da água, como, por exemplo, na Rua Sete Lagos, entre os bairros São Pedro e São Paulo. O relato é de Rogério Silva, morador do bairro União:
Clique e ouça Rogério Silva
No alto do bairro Dom Bosco, ouvintes também questionaram que em alguns pontos do leito do Ribeirão Paciência, a água fica rosa. Para o biólogo Pedro Amaral, o despejo de produtos químicos nas águas de córregos e rios prejudicam a biodiversidade existente naquela área, como de peixes e plantas:
Clique e ouça Pedro Amaral
No ano de 2024, devido a situação, cerca de dois milhões de reais em multas foram aplicadas pelos órgãos fiscalizadores do município em algumas empresas que atuam próximo ao Ribeirão Paciência. O Jornal da Cidade procurou o secretário da pasta, Kenede Reis, que esclareceu os questionamentos do cidadão por meio de uma gravação de vídeo no local:
Clique e ouça Kenede Reis
Ainda em resposta, o secretário disse:
“Uma vez registrada, a denúncia é encaminhada à equipe de fiscalização ambiental, que realiza a averiguação in loco. É fundamental que a denúncia contenha o máximo de informações possíveis, como a localização precisa, data e horário do ocorrido, descrição do fato e, se possível, fotos ou vídeos que possam auxiliar na identificação do problema”.
Por Sérgio Pêgo
Fotos: Espacial FM
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