05/02/2025 às 07:07h
A inflação climática é apontada como a principal causa do aumento do preço do café. No início do ano, o consumidor se deparou com a alta dos produtos estampados nas etiquetas de precificação. De acordo com o IBGE, o café torrado e moído subiu para o consumidor 39,60% em 12 meses.
Eventos climáticos como secas, inundações, falta de chuvas e aumento da demanda, são as principais adversidades dos produtores e consumidores. O preço médio do café arábica 60 quilos pagos para o produtor bateu em R$2.301,60 em janeiro, maior valor desde 1997, ano na qual as cotações começaram a ser registradas.
O produtor de café na Zona da Mata Mineira, Glauco Mayrinck, atua comercializando seus produtos na Feirinha do Produtor em Pará de Minas. Ele comenta sobre o atual cenário e aponta para incertezas quanto às melhorias na produção e na safra:
Clique e ouça Glauco Mayrinck
O chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café, Lucas Tadeu explica como a alta tem alterado o comportamento da população, o analista ainda indica como fazer um consumo consciente em produtos com qualidade:
Clique e ouça Lucas Tadeu
Relatório da Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB) divulgado no dia 30 de janeiro, mostra que a estimativa de produção para a safra brasileira de café em 2025, ciclo de baixa bienalidade, sinaliza redução em relação à safra anterior para 51,8 milhões de sacas de café beneficiado, redução de 4,4%.
O valor alto do café tem outro problema. Trata-se da comercialização de produtos com “sabor café”, mas que não contêm grão torrado e moído em sua composição, e que segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), esses produtos, apelidados de “café fake” ou "cafake", podem confundir os consumidores.
Por Sérgio Pêgo
Fotos: Espacial FM