Evasão e abandono escolar desafiam a educação pós-pandemia

A pandemia acentuou ainda mais a defasagem na educação diante das dificuldades trazidas pelo modelo de aulas remotas. Além disso, dois problemas podem ser destacados: a evasão e o abandono escolar.

Segundo dados da Fundação João Pinheiro, em Minas Gerais, o número de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos matriculados na educação básica caiu de 89,4%, em 2019, para 87,9%, em 2021.

Sendo um dos representantes da categoria da educação em Pará de Minas, Rondinelli Alves, coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), pontua a situação das escolas pós pandemia:

A realidade de muitos adolescentes que abandonaram as salas de aula surpreende. Entre os motivos apontados como principais causadores está a necessidade de trabalhar. Esse é visto como um dos problemas estruturais que o Brasil enfrenta de forma notória na rede de ensino público. Em conversa com o JC Notícias, a professora Cristina Carvalho comenta sobre uma situação que ainda é muito atual no país:

O encerramento das turmas da Escola Estadual Professor Wilson de Melo Guimarães, em Pará de Minas também foi comentado pela ex-professora da escola. Há especulações que a escola fechará em 2024, passando a ser de responsabilidade do município:

A Secretaria de Educação do Estado alegou que “realiza, desde 2019, ações direcionadas de busca ativa de estudantes infrequentes ou em vias de abandono na rede estadual de ensino”.

Por Sérgio Pêgo

Fotos: Espacial FM