Saiba a importância do acompanhamento especializado para pessoas com autismo

Desde o ano de 2007, o dia 2 de abril é uma data reservada para desmistificar a questão do autismo, esclarecer sobre as definições do transtorno, debater dificuldades e preconceito, além de falar a respeito da importância da convivência em sociedade.

Estima-se que haja cerca de dois milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no Brasil, mas os números não são oficiais. O Censo Demográfico de 2022 foi o primeiro a incluir questões específicas sobre pessoas com essas especificidades. A médica geneticista Tânia Gadelha fala do diagnóstico na primeira infância:

Em muitos dos casos, os transtornos do espectro autista (TEAs) surgem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Alguns sintomas começam a se manifestar nos primeiros 5 anos de vida e as pessoas podem passar por condições comórbidas, como por exemplo, ansiedade, transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. A médica ainda destaca o papel de uma rede multiprofissional no atendimento as famílias:

Discutir a hipersensibilidade de pessoas autistas também é assunto nos dias atuais por conta do grande número de fogos de artifício que incomoda, por exemplo. Viviane é mãe do Caio de 7 anos, e em conversa com a equipe de reportagem do Jornal da Cidade, ela relata o drama vivido pelo filho, especialmente em períodos festivos como decisões em campeonatos estaduais, onde o barulho dos artefatos se torna um desafio para a família:

As normas previstas pela Lei nº 6.694/2022 em Pará de Minas restringem o uso de fogos de artifício para locais públicos ou privados, fechados ou abertos. Ficam de fora o manuseio de fogos de vista, aqueles que produzem apenas efeito visual sem o barulho, ou seus similares, com barulhos de baixa intensidade. O trabalho de fiscalização é de responsabilidade da Guarda Municipal e a multa é de aproximadamente mil reais para quem for pego com esse tipo de artefato.

Por Sérgio Pêgo

Fotos: Espacial FM