Saiba o que é a “uberização” do trabalho

Um fenômeno que se popularizou muito durante a pandemia foi a de entregas por delivery, ou podemos chamar de “uberização”, novo conceito no mercado de trabalho.

Ontem foi celebrado o Dia do Trabalhador, e diante da importante data, a equipe do JC Notícias decidiu abordar o importante tema sobre a uberização.

Para falar do assunto, conversamos com especialistas sobre apresença de empresas que operam por entregas de delivery em aplicativos e como isso impacta nas relações de trabalho contemporâneas. Nossa reportagem conversou com  Brenda Silva, advogada trabalhista, a qual explicou o fenômeno conhecido como “uberização”:

Para o motoboy pará-minense, Thales Parreira a cobrança para que as entregas sejam feitas dentro do prazo em muitos casos leva o motociclista a acidentar. Ele comenta também sobre as dificuldades no suporte de empresas com o serviço que os entregadores prestam:

Devido a correria sobreposta na hora de realizar os serviços de entrega, Thales Parreira relata ter se acidentado. Ele espera uma regulamentação para trabalhar com mais segurança:

No Brasil, esses tipos de plataformas chegaram em 2014, junto à Copa do Mundo de Futebol da Fifa. A primeira cidade a oferecer os serviços foi o Rio de Janeiro, seguido por São Paulo e Belo Horizonte. A estratégia de expansão gerou uma receita alta para empresas que realizam esse tipo de serviço. Mas, segundo a advogada, Brenda Silva, a falta de garantias de direitos trabalhistas e segurança é um grande desafio para os órgãos trabalhistas:

O controle no número de trabalhadores que prestam esse tipo de trabalho não é mapeado, mas existem propostas que criem regras mais flexíveis do que as aplicadas a um empregado formal de carteira assinada, mas que viabilizem a regulamentação da relação entre o entregador e as empresas de tecnologia que controlam esses serviços.

Por Sérgio Pêgo

Fotos: Espacial FM