05/04/2024 às 08:00h
O funcionário Antônio de Lima Gonzaga, de 64 anos, morreu carbonizado na noite dessa quinta-feira (4), após explosão em uma caldeira de uma indústria de borrachas, localizada na região central de Pará de Minas. O incêndio se alastrou e destruiu o galpão, além de equipamentos de onde aconteceu o fato. Segundo o Corpo de Bombeiros, haviam outros trabalhadores no local, porém eles conseguiram sair ilesos da fábrica.
A explosão pôde ser ouvida de longe por moradores de bairros vizinhos, segundo relatos nas redes sociais. O fogo e a fumaça também puderam ser vistos de vários pontos de Pará de Minas, gerando apreensão e medo. O temor foi ainda maior para comerciantes e funcionários de empresas vizinhas da indústria de borrachas, principalmente para quem trabalhava em dois postos de combustíveis da Avenida Presidente Vargas, já que havia risco de o incêndio provocar explosões nas bombas.
Roseli Aparecida Guimarães, moradora de uma casa atrás da indústria de borrachas, conta que antes da explosão sentiu um tremor no chão, e em seguida escutou o barulho. A dona de casa comenta que ela e os vizinhos sempre temiam por uma tragédia como a da noite de ontem, e inclusive, já pediam providências contra a empresa:
Clique e ouça Roseli Aparecida
Imediatamente após a explosão e o início do incêndio, equipes do Corpo de Bombeiros e SAMU foram para a empresa para apagarem as chamas. O trânsito teve que ser impedido por equipes da Guarda Municipal, assim como o local foi isolado para evitar novos acidentes. Devido ao fogo intenso, foi necessário apoio do Corpo de Bombeiros de Itaúna, que enviou militares e um caminhão auto bomba. A siderúrgica Alterosa também disponibilizou brigadistas e um caminhão pipa para ajudar no combate.
Ao final, já no início da madrugada de hoje (5), capitão Thiago Boaventura, comandante da 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Pará de Minas conversou com a imprensa e contou os detalhes do incêndio:
Clique e ouça Capitão Boaventura
O fato de a empresa produzir materiais infamáveis contribuiu para que o fogo se alastrasse mais rápido, como destaca Capitão Boaventura. Ainda segundo ele, a documentação da indústria estava em dia:
Clique e ouça Capitão Boaventura
Perícia da Polícia Civil compareceu ao local e iniciou os primeiros levantamentos. Em primeiro momento, não foi possível descobrir as causas do incêndio, como explica o capitão:
Clique e ouça Capitão Boaventura
Familiares e colegas de trabalho da vítima ficaram bastante abaladas ao descobriram a morte do trabalhador e não puderam gravar entrevista. Os proprietários da empresa também preferiram não se pronunciar em primeiro momento, pois estavam em choque.
A rotina de trabalho da empresa deve ficar paralisada nos próximos dias, devido aos estragos. Em uma placa afixada na entrada da indústria havia a informação que a mesma estava há 683 dias sem acidentes.
Por Sérgio Viana
Fotos: Espacial FM/Redes Sociais
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