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10/04/2023 às 11:15h

Criança com hidrocefalia morre com sinais de estupro em Mateus Leme

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Uma criança de 4 anos morreu nesse Domingo de Páscoa (9) em uma UPA de Mateus Leme, distante 35 km de Pará de Minas. Segundo a equipe médica, a paciente, que tem hidrocefalia, apresentava sinais de violência sexual, como genitálias com indícios de abuso, visível dilatação anal e rompimento de hímen.

A criança foi levada para a sala vermelha da UPA, onde a equipe tentou manobras de reanimação, mas sem sucesso. O óbito foi constatado ainda na unidade de pronto atendimento. Ao examinar a paciente, o médico constatou sinais visíveis de abuso e, por isso, acionou a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.

Segundo o histórico da menina, ela deu entrada na UPA na sexta-feira (7) com vômitos e outros sinais de mal-estar. Foi aplicado soro e a menina ficou em observação até a manhã de sábado (8), quando foi liberada. Médicos que estavam nesse plantão relataram que não perceberam sinais de abuso.

Como os pais não estavam no hospital quando a polícia chegou, foram realizadas diligências. A mãe de 30 anos e o pai, de 48 anos, foram localizados, assim como um filho da mulher, de 14 anos, que também vive no imóvel.

A mulher alegou que a filha “era muito ressecada e forçava para defecar, por isso tinha o ânus mais aberto” e que na sexta-feira já tinha percebido isso e mostrou à equipe médica, mas todos disseram que não havia vestígios de abuso.

A mãe disse que já suspeitava de violência sexual. Ainda segundo o relato da mulher, no sábado, após a filha receber alta, deixou ela em casa e foi sozinha para um bar por volta das 20h, onde ficou até de madrugada. Ao voltar, viu que a filha dormia com uma jovem de 18 anos e outra adolescente de 14 anos, que são filhas do companheiro dela.

O pai da criança disse que não tinha suspeita de abusos e que ficou muito surpreso com a possibilidade de estupro da filha.

O adolescente de 14 anos, filho da mulher de 30 e meio-irmão da vítima, negou qualquer autoria em relação ao estupro e não viu sinal de violência na criança.

A equipe médica disse que criança não apresentava visível dilatação anal ou outros sinais de violência sexual no primeiro atendimento e suspeitam que o estupro ocorreu no sábado, possivelmente no momento em que os pais deixaram a criança. O adolescente foi apreendido em virtude da suspeição de ser o possível autor.

Os pais da criança também foram presos por abandono de incapaz. O caso é analisado pela Polícia Civil.

Com informações do O Tempo

Foto: Espacial FM


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