27/12/2023 às 08:46h
Moradores da cidade de Papagaios fizeram manifestação na tarde dessa terça-feira (26), cobrando por justiça, após uma criança de 1 ano e 2 meses morrer após suspeita de maus-tratos. Ela chegou a ser internada em estado grave, na última segunda-feira (25), mas não resistiu e veio a obtido no início da madrugada desta quarta-feira. A mãe de 20 anos e o padrasto de 30, suspeitos de terem agredido a vítima, foram ouvidos na delegacia e liberados por falta de provas. Eles negaram as agressões.
A manifestação ocorreu na Praça da Matriz de São Sebastião, no centro de Papagaios. Os manifestantes carregavam balões brancos e gritavam por justiça, reclamando da ineficiência da mesma no Brasil.
A Polícia Militar (PM) compareceu ao local para garantir a segurança de todos. O comandante da corporação em Papagaios, Tenente Natan Bastos orientou os manifestantes e informou que o caso está sendo investigado.
Segundo informação apurada, pelo Jornal da Cidade, a criança chegou a ficar internada e entubada no CTI do João XXIII, onde veio a falecer.
O caso
O caso aconteceu nessa segunda-feira (25), e registrado pela Polícia Militar, que foi acionada ao Hospital Municipal de Papagaios, depois que a mãe de 20 anos e o padrasto de 30, levaram a filha desacordada para a unidade de saúde.
A PM foi acionada até o Hospital de Papagaios, pelos médicos, que, ao notarem ferimentos suspeitos, acionaram também o Conselho Tutelar da cidade, que já acompanhava a família.
De acordo com os militares, a mãe alegou que a menina havia caído, porém não procurou atendimento médico, o que já caracteriza maus-tratos. Além disso, a criança estava desnutrida.
Ainda conforme relatório, os médicos citaram marcas e hematomas pré-existentes, além de um ferimento na cabeça, que seria o mais recente e que teria causado a situação suspeita.
Exames apontaram que a vítima sofreu "traumatismo craniano, com afundamento parietal do lado direito, trauma de tórax, trauma abdominal e hematomas bilaterais de orelha, abaixo do queixo e em outros locais.
Diante das suspeitas, mãe e padrasto foram conduzidos pela PM para a delegacia de Pará de Minas, onde foram ouvidos e liberados. Segundo o Conselho Tutelar repassou aos militares, não há registros de violência contra a menina e os irmãos dela, com relação a família.
O casal apresentou versões diferentes. A mãe disse que a filha caiu alguns dias atrás e que não teria procurado o hospital. Porém, ela contou não saber o que causou a lesão mais recente na cabeça dela, uma vez que tinha deixado a menina aos cuidados do padrasto dela.
Já o homem alega que deixou a menina em um quarto, brincando com outras crianças de 5 e 6 anos. Em dado momento, uma delas teria chutado uma bola, provocando os ferimentos da vítima. Devido ao estado de saúde da menina, ela teve que ser transferida, de helicóptero, por parte dos Bombeiros, para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. Ela ficou internada por aproximadamente dois dias até a data do falecimento.
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