29/11/2024 às 08:55h
A Polícia Civil deflagrou nessa quinta-feira (28/11), a operação Angra, que resultou no cumprimento de 36 mandados de busca e apreensão em 17 cidades mineiras, incluindo, Maravilhas, Divinópolis, Belo Horizonte e municípios das regiões Metropolitana e Central do estado. O trabalho é decorrente de investigação sobre lavagem de dinheiro, entre outros delitos, a partir do comércio ilegal de minério de ferro.
Batizada com o nome da deusa do fogo, a operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG).
Um dos alvos principais da investigação é uma Unidade de Tratamento Minerário (UTM) em Itabirito, região Central do estado, cujos controladores foram indiciados em 2023 por operar sem licença ambiental e destruir espécies da Mata Atlântica.
Conforme apurado, o empreendimento, apontado como destino de minério de ferro de origem ilícita no quadrilátero ferrífero, gerou lucros milionários enquanto seus administradores acumulavam ocorrências de crimes ambientais nos últimos dez anos.
Durante os levantamentos, foi identificada a suspeita de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários que comercializavam minério ilegalmente. Foram identificadas, além da UTM já investigada, outras unidades de tratamento minerário e usinas de processamento de minério de ferro.
Uma grande rede criminosa, inclusive usando empresas de fachada, em nome de laranjas, foi identificada, cuja movimentação financeira no período de um ano e meio foi superior a R$ 260 milhões.
Os crimes em investigação pela Polícia Civil incluem organização criminosa, receptação qualificada, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos ambientais.
Por JC Notícias
Foto: Espacial FM