19/01/2023 às 08:55h
Em coletiva de imprensa realizada nessa quarta-feira (18), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou o resultado do inquérito que apurou denúncia de maus-tratos cometidos dentro de uma casa de acolhimento de idosos, em Divinópolis.
Ao longo de nove meses de apurações, a PC ouviu mais de 30 pessoas, arrecadou dezenas de provas documentais e laudos médicos, além da realização de perícias. Ao todo, foram registradas 58 vítimas. Dez delas chegaram a morrer por falta de assistência médica.
As investigações tiveram início em abril do ano passado, após a casa de acolhimento, que atendia à época 81 idosos, ser interditada pela Vigilância Sanitária do município. De acordo com a denúncia recebida pela Polícia Civil, havia indícios de várias irregularidades de maus-tratos e condições precárias de higiene.
A delegada responsável pelo inquérito policial, Adriene Lopes, revela que foram arrecadadas provas de graves violações ao Estatuto do Idoso. Durante as buscas no local, foram encontrados pacotes de fraldas descartáveis e medicamentos armazenados de forma inadequada, bem como seringas preparadas para serem injetadas sem qualquer identificação. Na investigação foi constatada omissão de socorro.
Diante da gravidade e para garantir a sobrevivência dos internos, ainda durante a investigação, a freira foi afastada do cargo e outros representantes da instituição assumiram a coordenação.
O procedimento foi concluído e remetido ao Poder Judiciário com o indiciamento de 15 investigados, entre eles, o presidente da instituição à época, bem como membros da diretoria e do conselho, além da responsável técnica e de demais coordenadores, funcionários e colaboradores que prestavam serviços no local.
Por JC Notícias
Foto: Espacial FM