01/11/2024 às 08:00h
O herpes-zóster, popularmente conhecido como cobreiro, é uma doença que pode atingir, principalmente, a boca e a região genital. Não tem nenhuma relação com herpes, e o vírus é o mesmo da catapora, muito comum na infância.
O que é herpes-zóster?
Herpes-zóster vem do mesmo vírus da catapora e atinge a parte nervosa das células. "Normalmente, essa catapora a gente pega na infância ou na vida bem jovem, e esse vírus vai ficar guardado dentro de um gânglio nervoso no nosso organismo", esclarece o médico.
Então, com o passar dos anos, com o envelhecimento do corpo e, consequentemente, do sistema imunológico, o vírus pode voltar a se manifestar e causar o herpes-zóster. "É uma doença diferente da catapora, mas causada pelo mesmo vírus", explica.
Quais os sintomas?
Alexandre Filippo diz que os sintomas podem ser bastante variados. Entre os principais, estão:
queimação;
ardência;
fisgada;
coceira;
sensibilidade;
dor;
erupção na pele;
e mal-estar.
Além disso, o dermatologista comenta que, por se tratar de uma infecção viral, é possível que o paciente sinta febre, sonolência ou perda de apetite. "Não é uma doença só da pele, é principalmente do nervo", pontua.
Como evitar a doença?
Em primeiro lugar, a boa notícia é que existe vacina para a doença. "Ninguém sabe o motivo exato, mas para ele aflorar, tem que ter um trauma, um baque nervoso, que é quando a nossa imunidade caia", alerta.
Os sintomas começam, normalmente, pela dor. Algumas pessoas, diz o dermatologista, até confundem com uma simples alergia e só procuram um médico quando os sintomas perduram.
Ele afirma ainda que os casos de herpes-zóster aumentaram muito pós-pandemia de Covid-19 e que, antes desse período, era mais comum ver em pessoas idosas.
Para um adulto que nunca teve catapora, por exemplo, a vacinação é imprescindível, sugere o especialista. "O herpes-zóster ou a catapora em um adulto é muito mais intensa que em uma criança", diz.
Transmissão e complicações
Não é possível transmitir herpes-zóster, mas sim, catapora. Isto porque, explica o médico, uma pessoa que nunca teve catapora e entra em contato direto com uma ferida de um paciente com o herpes-zóster, ela pode ser contaminada com o vírus e manifestar, então, a catapora.
"Quanto mais idade a pessoa tem, menos resistência ela vai ter. Então, nomermalmente, esse vírus vai ser mais agressivo. São as pessoas que mais carregam as complicações do herpes quando ele vai embora".
O dermatologista comenta também que o herpes-zóster não mata, mas que pode levar a complicações maiores por causar feridas abertas, que podem ser uma porta de entrada para bactérias.
Nos casos mais graves, se o paciente não cuidar, o nervo vai continuar sendo atacado pelo vírus e pode gerar sequela, como dores que incomodam muito.
Quem teve herpes zóster deve tomar a vacina?
De acordo com o dermatologista, no passado o vírus era mais comum em pessoas com a imunidade muito debilitada, como era o caso de pacientes com câncer e portadores do vírus HIV. O perfil de pessoas infectadas, no entanto, mudou com o passar dos anos, tornando a vacinação indicada mesmo se a pessoa já teve a doença.
Fonte: G1
Foto: Rádio Espacial FM / AdobeStock
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