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16/12/2024 às 09:54h

Quase 10% das pessoas diagnosticadas com HIV/Aids não iniciam tratamento

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Nos últimos dez anos, a mortalidade de pessoas com HIV, causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), caiu 25% no país, graças ao aumento no acesso a medicamentos e testes rápidos, segundo a Unaids Brasil, ONG que integra programa conjunto das Nações Unidas. No entanto, o Ministério da Saúde alerta que, em 2023, 8% dos diagnosticados não iniciaram o tratamento, essencial para controlar o vírus e prevenir a transmissão.

Na tentativa de reforçar junto à população as medidas de prevenção, este mês é marcado pela campanha Dezembro Vermelho, que também buscar reduzir o preconceito e a discriminação enfrentados pelos pacientes. Somente até o início de novembro, mais de 3,6 mil casos de HIV foram confirmados em Minas, segundo dados da Secretaria de Estado Saúde (SES-MG).

Embora ainda não exista cura, o acompanhamento médico regular e o uso contínuo de medicamentos permitem que a pessoa com HIV tenha uma vida normal. Para o infectologista Gabriel Hypólito, da Hapvida NotreDame Intermédica, interromper o tratamento pode resultar no agravamento da condição e no risco de doenças oportunistas.

A rede de apoio, como a família e amigos, também é essencial para o sucesso do tratamento, além de exercer importante papel no enfrentamento aos estigmas, aos preconceitos e à desinformação.

Em Minas, cerca de 3,5 mil pessoas são assistidas por ano no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), referência estadual em infectologia e dermatologia sanitária. A unidade conta com equipe multidisciplinar, tratando os pacientes não somente do ponto de vista medicamentoso, mas também social e psicológico.

A chefe da Unidade de Pacientes Externos do Hospital Eduardo de Menezes, Luciana Paione de Carvalho, explica que a primeira consulta na unidade acontece por meio de encaminhamento feito pelos centros de saúde dos municípios. “A partir dessa primeira consulta, ele passa a ser acompanhado em definitivo pelo HEM”.

Atualmente, Minas possui 75 Serviços de Atendimento Especializado (SAE), Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Unidades Dispensadora de Medicamento (UDM), em 65 municípios, que realizam assistência especializada às ISTs, com consultas multiprofissionais.

A prevenção continua sendo crucial. Os preservativos durante as relações sexuais e os medicamentos como a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) são estratégias eficazes contra a infecção, além da importância do diagnóstico precoce.

Com informações Hoje em Dia

Foto: Espacial FM 

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